A partir deste texto tomaremos como foco a escala pentatônica que é vastamente utilizada em diversos gêneros musicais, sendo que nesta temática iremos nos direcionar a análise dos seus intervalos e com isso tendo maior clareza da sua utilização e intensão aos acordes. Bem, vamos esclarecer que aqui será abordado apenas dicas e sugestões, pois mesmo sendo uma escala de “FÁCIL” compreensão, assim vista por muitos, o entendimento da sua utilização pode ser abordada em várias contextualizações harmônica indo da mais fácil até a mais complexa dependendo da progressão harmônica a ser executada. Existem vários tipos de pentatônicas e aqui apresentaremos a Maior, Menor e Menor6, não teríamos em um único texto abordar outros modelos por achar que somente essas já apresentam muitos modos a ser apresentados para os exemplos. O papel de um profissional (Professor) é e será sempre importante para um melhor direcionamento, mais fácil e prático para o esclarecimento mais aprofundado do tema e lógico que esse não é o intuito neste trabalho.
Sobre o aspecto histórico, você sabe como surgiu a escala pentatônica? Como ela foi se incorporando nas mais diversas culturas mundo a fora? E porque ela se tornou tão marcante em alguns gêneros musicais? Bem, só essas perguntas já seriam o suficiente para uma série de estudos para pesquisar sobre a mesma. As perguntas apresentadas são para demonstrar que a escala não é somente desenhos geométricos espalhados no braço de um instrumento, ela vai mais além do que isso e também para incentivar com que os músicos e professores (principalmente) saibam instigar o senso da pesquisa para uma melhor utilização da escala.
Quando tratamos do assunto “pentatônica” muitas questões surgem, instigando nossa curiosidade a saber mais a respeito de sua origem, suas aplicações e, principalmente, suas transformações no decorrer dos milênios de produção musical. Nos livros de história da música encontramos as definições tradicionais, que remetem ao mundo oriental e ao continente africano, assim como á maioria das mais remotas civilizações. (Paulo Demetres Gekas – Percorrendo o enigma dos cinco sons: O uso da escala pentatônica na música ocidental)
A ESCALA E SEUS INTERVALOS
Na cultural ocidental é primário pensar na escala pentatônica no gênero musical do Blues e que se tornou uma característica marcante em decorrência da influência africana devido o período da escravidão nos Estados Unidos. Essa interferência cultural iria também influenciar outros gêneros musicais que mais tarde passaria a ter a sua sonoridade associada aos seus aspectos melódicos. É uma escala de cinco notas e que está inserida dentro da escala maior com a exclusão do quarto e sétimo graus.
Tradicionalmente, Pentatônica, é um termo aplicado a qualquer música, modo ou sistema baseado em cinco sons diferentes dentro de uma oitava. Muitas melodias tradicionais européias são sem semitons, os intervalos da escala pentatônica consistem de diferentes combinações de intervalos de segundas maiores e terças menores (exemplo. A-C-D-E-G. C-D-E-G-A etc). (Paulo Demetres Gekas – Percorrendo o enigma dos cinco sons: O uso da escala pentatônica na música ocidental)
ESTRUTURA E ANÁLISE DE INTERVALOS
-
PENTA MAIOR
Obs: a Blues note é uma nota característica do Blues e está inserida na escala pentatônica maior entre o segundo grau e terceiro, gerando uma terça menor ou seja Mi bemol (Eb).
I II III V VI
C D E G A
T T T+ST T
T 2M 3M 5J 6M
I II IV V bVII
D E G A C
T ST+T T T+ST
T 2M 4J 5J b7
I bIII IV bVI bVII
E G A C D
ST+T T T+ST T
T 3m 4J b6 b7
I II IV V VI
G A C D E
T T+ST T T
T 2M 4J 5J 6M
I bIII IV V bVII
A C D E G
T+ST T T ST+T
T b3 4J 5J b7
-
PENTA MENOR
Obs: a Blues note está inserida na escala pentatônica menor entre o quarto grau e quinto, gerando uma quinta diminuta ou seja Mi bemol (Eb).
I bIII IV V bVII
C Eb F G Bb
T+ST T T T+ST
T 3m 4J 5J b7
I II III V VI
Eb F G Bb C
T T T+ST T
T 2M 3M 5J 6M
I II IV V bVII
F G Bb C Eb
T T+ST T T+ST
T 2M 4J 5J b7
I bIII IV bVI bVI
G Bb C Eb F
T+ST T T+ST T
T 3m 4J b6 b7
I II IV V bVI
Bb C Eb F G
T T+ST T T
T 2M 4J 5J 6M
-
PENTA MENOR 6
Obs: a Blues note está inserida também entre o quarto grau e quinto, gerando uma quinta diminuta ou seja Mi bemol (Eb).
I bIII IV V VI
C Eb F G A
T+ST T T T
T 3m 4J 5J 6M
2.
I II III V VI
Eb F G A C
T T T T+ST
T 2M 3M #4 6M
3.
I II IV V bVII
F G A C Eb
T T T+ST T+ST
T 2M 3M 5J b7
4.
I II IV bVI bVI
G A C Eb F
T T+ST T+ST T
T 2M 4J b6 b7
5.
I bIII bV bVI bVII
A C Eb F G
T T+ST T T
T 3m b5 b6 b7
Obs: Artigo resumido, sendo assim, é necessário material de apoio.
Para entender os intervalos desses acordes envie um email para download que você receberá um pdf.
APLICAÇÃO:
- Utilização da escala pentatônica maior no campo harmônico maior com uso das três formas de pentatônicas (1, 4 e 5 grau), sendo assim, teremos mais modelos da pentatônica para utilização. Essa análise serve também para a penta menor e o campo harmônico menor.
- Em acordes dominantes tomando como exemplo o Blues mesclando à penta maior com a menor (característica da sonoridade do Blues)
- Acordes com sétimas maiores tendo como possibilidades o uso da pentatônica do 3 grau menor ou da pentatônica meio tom iabaixo da tônica do acorde (enfatizando a 4 aumentada)
- Há outras possibilidades por isso é fundamental entender suas estruturas de intervalos para associar aos devidos acordes.
COMO SUGESTÃO:
- Analisar a estrutura da escala
- Acordes oriundos dessa escala
- Ouvir gêneros musicais onde esses acordes são utilizados para adquirir vocabulários
- Visualizar em toda extensão do instrumento a escala e os acordes em suas diversas posições.
- Desenvolver padrões
- Utilizar links ou padrões da pentatônica para desenvolver as variações de fraseados
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